Arte e Integração Social em contexto educacional e terapêutico
12 e 13 Outubro 2019
Lisboa
Destinatários Todos os profissionais e público em geral interessados na Arte-Terapia/Psicoterapia
ACREDITAÇÃO PARA DOCENTES:
Em parceria com o Centro de Formação de Escolas António Sérgio, em Lisboa: Acreditação pelo CCPFC para efeitos de progressão na carreira docente com 0,6 créditos para educadores de infância, professores dos ensino básico e secundário e docentes de educação especial.
PSICÓLOGOS ESCOLARES:
Acreditação para PSICÓLOGOS ESCOLARES junto da DGAE – Em parceria com o Centro de Formação de Escolas António Sérgio.
Exclusivo para docentes e psicólogos escolares que atuam profissionalmente em Portugal.
FICHA DE INSCRIÇÃO – Esgotado!
JANTAR DO CONGRESSO – Esgotado!
Apresentação
As Artes contêm em si um agente agregador implícito contributivo para promover a integração social. Numa determinada cultura a Arte sinaliza e fornece referências simbólicas que funcionam como elementos propiciadores da comunicação, da partilha de ideias, do sentimento de pertença, do sentido de comunidade e até da organização social. Entre aqueles elementos destacam-se os estéticos que condicionam o sentido de beleza compartilhado pelos indivíduos dentro de um mesmo grupo. Há um ideal estético vigente em todas as grandes sociedades e dentro destas uma miríade de ideais estéticos inerentes aos subgrupos sociais, contribuindo para a integração das pessoas e para o compartilhar de referências comunicacionais afins de uma perspetiva comum para a existência. Tal papel da Arte é particularmente pertinente no caso de populações migrantes, como os refugiados ou de outras minorias sociais.
As artes integradas em contexto educacional e terapêutico poderão igualmente funcionar como tal agente agregador. Num registo pedagógico a utilização de recursos técnicos artísticos pode precisamente ajudar a promover a integração favorecedora da aprendizagem. Para certas populações o vínculo de ligação social encontra-se gravemente deficitário, não sendo por isso fácil a ligação aos pares e ao próprio contexto escolar. Múltiplas intervenções artísticas e de Arte-Terapia nos estabelecimentos de ensino têm mostrado a validade da utilização de recursos técnico artísticos no favorecimento da integração escolar e deste modo da aprendizagem significativa.
Por outro lado, vários estudos com populações diversas apresentando problemáticas do foro mental ou somático, revelaram a importância das Artes na sua estabilização pelo suprimento de um lugar social. Tal é de extrema importância para os indivíduos em crise recuperarem o seu sentimento de validade e poderem voltar a aceder à linguagem simbólica estabilizadora da cultura em que se inserem. Dada a amplitude e abrangência da adaptação e adequação da Arte-Terapia/Psicoterapia esta mostra-se útil, também pelo referido atrás, na intervenção em pacientes diversos. Entre eles podemos destacar adultos com problemáticas mentais do foro psicótico, depressivo, ansioso e estado limite. Para além destes é igualmente adequada a sua especificação para intervir com crianças, adolescentes e idosos. Os pacientes somáticos, como aqueles com problemáticas oncológicas, que por vezes condicionam um paradoxo de exclusão, também podem beneficiar das Artes enquanto agente de estabilização emocional.
Tendo em conta as linhas delineadas acima, o 20º Congresso Português de Arte-Terapia pretende pois estabelecer as pontes entre Arte e Integração Social numa altura em que as roturas sociais tornam premente a implementação de práticas favorecedoras da possibilidade de ser revertida a exclusão. Os arte-terapeutas são por sua vez, um grupo de técnicos para os quais urge o reconhecimento profissional promotor da integração social. Com um historial de 20 anos de organização de Congressos de Arte-Terapia, a Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia tem procurado ressalvar a validade da Arte-Terapia e da Arte-Psicoterapia, dando a conhecê-las enquanto intervenções profissionais com uma qualidade inquestionável, integrados no plano geral das abordagens psicoterapêuticas em Portugal. Com a miríade de intervenções de Arte-Terapia/Psicoterapia realizadas até ao momento os arte-terapeutas portugueses têm dado o seu precioso contributo pessoal através das artes, para uma melhor integração social em Portugal. Tal urge ser reconhecido enquanto prática profissional.
Áreas temáticas do Congresso
– O agente agregador implícito na Arte: a função estética.
– Arte e integração em contexto pedagógico e comunitário.
– A Arte-Terapia na promoção da aprendizagem.
– Arte-Terapia para o suprimento do lugar social.
– O drama da não pertença: a Arte- Terapia na integração de pessoas e populações excluídas.
– A função integradora da Arte em Arte-Psicoterapia.
Ruy de Carvalho
Presidente da SPAT