Terapia Narrativa e Arte-Terapia
Dia 7 de Março 2020
Das 10h às 17h
Local: ISCTE-UL
Destinatários: Profissionais e estudantes: arte-terapeutas, psicoterapeutas, psicólogos, sociólogos, assistentes sociais, educadores de infância, professores, enfermeiros, médicos, animadores culturais, terapeutas ocupacionais, profissionais das artes e design e outros interessados na Arte-Terapia.
Objetivos:
Capacitar os participantes a vivenciarem um processo de reconstrução da narrativa pessoal através de processos artísticos. O workshop está em consonância com a abordagem da terapia narrativa relacionando-se com a forma que os participantes constroem a sua história pessoal, examinando a possibilidade de reconstruir ou recriar a narrativa pessoal de uma nova forma por meios artísticos.
No workshop, vamos procurar, sentir, escrever uma memória. Memória de um toque, uma cor, uma imagem, um cheiro. Contaremos a nós mesmos novamente em palavras, cores e formas. Vamos examinar o que aconteceu com a memória, observá-la, desconstruí-la e construí-la hoje de outro ângulo, uma nova narrativa.
Metodologia:
– Expositiva e ativa:
– Introdução à terapia narrativa, apresentação, conversa e perguntas.
– Parte prática onde os participantes vivenciarão processos de reconstrução da narrativa pessoal através de processos artísticos.
A terapia narrativa:
Abordagem desenvolvida por Michael White em colaboração com David Epston (1990). Esta prática inclui a posição do terapeuta como colaborador, a externalização do problema, o encontro de momentos únicos, o aumento do novo enredo e o vínculo ao passado e ao futuro, a presença de pessoas significativas como testemunhas da mudança e o uso de meios literários e metáforas. Como os terapeutas narrativos apontam, a história ou narrativa fornece a estrutura conceitual para entender o significado de nossas vidas (Etchison & Kleist, 2000).
A terapia narrativa vê a pessoa como diretora do relacionamento com seus problemas e é projetada a ajudar os pacientes a se verem separados dos seus problemas. Withe e Epston (1990) argumentam que, uma vez que a pessoa vê o problema como algo separado de sua identidade, se cria uma oportunidade de mudança. Essa mudança pode ser expressa em comportamento, emoção e / ou cognição. Além de resistir ou protestar contra o problema, e / ou negociar a relação com o problema de diferentes maneiras.
Formadora: Celina Rozenblum Lefelman
Vive e trabalha em Israel. Clínica particular em Nes Tziona e Tel-Aviv, com mais de 30 anos de experiência. Arte-terapeuta e psicoterapeuta CPP – child-parent psychotherapy.
A necessidade de escrever “histórias de vida” começou no trabalho psicoterapêutico com crianças adotadas ou em famílias de acolhimento. A insistente busca da história, dos pais biológicos e dos irmãos, tem suas raízes na característica interrogativa existencial da adoção, já que esta é uma necessidade fisiológica da pessoa. O desafio da família adotiva é integrar o passado à história do presente para que uma narrativa unitária da história da família seja construída.
“Na minha experiência, em qualquer idade se pode falar, contar a história de vida da criança de uma forma benevolente e que corresponda à idade da criança (Rozenblum Lefelman 2013). É importante construir uma narrativa coerente que possa dar sentido às partes da história de vida que é desconhecida. Hoje, e a todo momento, todos nós temos a oportunidade de experienciar a reconstrução da narrativa pessoal”.
INSCRIÇÕES: ATÉ 15 DE FEVEREIRO
Destinatários em geral: 150,00€
Membros da SPAT: 140,00€
Formas de pagamento: Transferência bancária IBAN 003501970001809983027
Pagamento em duas parcelas: a primeira no momento da inscrição e a segunda no dia 1 de Fevereiro de 2020.
A inscrição só será válida desde que envie o comprovativo de transferência para spat.pt@gmail.com.
Em caso de desistência não se faz devoluções.
INFORMAÇÕES GERAIS:
– Emite-se certificado de participação.
– Não habilita à prática da Arte-Terapia.
Referências bibliográficas:
Rozenblum Lefelman, C. (2013): “Case study: Repeated Trauma Therapy with a Preschool Child in Foster Care”, Academic Journal of Creative Arts Therapies, 3 (2), 332-343. University of Haifa.
http://ajcat.haifa.ac.il/images/Dec%202013/Celina%20Rozenblum%20-%20Eng.pdf
Dunne, P. (2003). Narradrama: A narrative action approach with groups. In D. J. Wiener & L. K. Oxford (Eds.), Action therapy with families and groups: Using creative arts improvisation in clinical practice (pp. 229-265). Washington, DC: American Psychological Association
White, M., & Epston, D. (1990). Narrative means to therapeutic ends. New York: Norton.Etchison, M., & Kleist, D. (2000). Review of Narrative Therapy: Research and Utility. The family Journal, 8, 61-66.